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"Seja porque você quer descobrir os segredos do universo ou apenas porque voce quer uma carreira no século 21, programação básica é uma habilidade essencial para aprender."

( Stephen Hawking )

5 competências tecnológicas que serão obrigatórias em curto prazo

Há poucos anos, o profissional que dominasse o Excel era considerado mais preparado para o mercado de trabalho. Porém, atualmente, mesmo que o possível funcionário domine todo o pacote Office, os recrutadores não ficam mais impressionados, porque quem não tem familiaridade com as planilhas da Microsoft sofre até mesmo para executar tarefas básicas no dia a dia.

Para Max Bavaresco, sócio-diretor da Sonne Branding, as barreiras entre os mundos virtual e físico, online e offline, estão se tornando inexistentes com o passar do tempo. O resultado é que profissionais de áreas tão distintas quanto vendas, RH ou saúde precisarão adquirir conhecimentos cada vez mais profundos de tecnologia para desempenhar suas funções.

Se as planilhas do Excel viraram lugar-comum, diversas outras competências criadas pelo mundo digital serão acrescentadas a todas as expectativas dos recrutadores do futuro.

Veja, a seguir, cinco competências fundamentais listadas por especialistas:

  1. Noções de Programação – Ernesto Haberkorn, sócio-fundador da TOTVS e diretor da TI Educacional, considera que faz toda a diferença conhecer os mecanismos por trás das máquinas – tanto para usá-las melhor quanto para conversar “de igual para igual” com os colegas de TI. Não é preciso necessariamente dominar linguagens ou escrever programas, mas um mínimo conhecimento da programação será útil para fazer solicitações mais precisas – e com mais chances de serem atendidas – ao setor técnico.
    Já Eduardo Bahiense, fundador da Controller Education, acredita que noções básicas de programação deveriam ser ensinadas na escola. “Se aprendemos como funciona um coração, por que não aprendemos como funciona um site ou um computador?”, lança a reflexão. “Além de reforçar o raciocínio lógico, é um assunto importante para a cultura geral de qualquer um”, afirma.
  1. Fluência em dispositivos móveis – Para Haberkorn, a maioria das pessoas usa de 5% a 10% das funções presentes em seus smartphones etablets. Será necessário apropriar-se cada vez mais das possibilidades presentes nesses aparelhos.
    Afinal, observa Bahiense, tudo está convergindo para esse tipo de gadget. “Mesmo hoje, quem não maneja um smartphone para se comunicar, se informar e trabalhar está atrasado em relação às exigências do mercado”, diz. O fenômeno da mobilidade também põe em evidência plataformas de videoconferência e trabalho remoto, segundo Martina Zago, gerente da Randstad Professionals. “O trânsito só piora nas grandes cidades e a presença física no escritório está perdendo importância”, esclarece. “Todos precisarão saber como se conectar e como usar sistemas de trabalho a distância no futuro”, conclui.
  1. Cultura digital – Uma frase célebre do sociólogo alemão Georg Simmel diz que o culto não é o indivíduo que sabe tudo, mas sim aquele que sabe onde consultar aquilo que não sabe. O pensamento é aplicável ao mundo da tecnologia.

Segundo Eduardo Bahiense, da Controller Education, ter uma cultura digital – isto é, saber onde encontrar informações, apps, ferramentas e sistemas necessários para cumprir uma determinada tarefa – será uma competência cada vez mais exigida pelo mercado de trabalho.

Isso porque a competitividade das empresas depende diretamente da sua capacidade de responder rapidamente às mudanças. Profissionais sem um repertório mínimo de fontes e referências tecnológicas não terão agilidade suficiente para acompanhar esse ritmo.

  1. Familiaridade com a nuvem e a cibersegurança – Cada vez mais empresas têm aderido à computação em nuvem para armazenar dados de forma prática e segura. Essa tendência afetará a rotina de trabalho em diversas áreas, afirma Martina.
    É evidente que nem todos precisarão dominar os aspectos mais técnicos da “cloud computing”. Ainda assim, o mercado deve valorizar o profissional que entenda os fundamentos do processo e saiba como contribuir para manter os dados do seu empregador seguros.

A consciência sobre os riscos de vazamento de dados, aliás, deverá ser cada vez mais cobrada de profissionais de todas as áreas e níveis hierárquicos. É o que acredita Haberkorn. Para ele, todos precisarão ter uma ideia de como funcionam os procedimentos de segurança, como eles podem ser quebrados e como evitar armadilhas.

  1. Noções sobre análise de dados – Em 2015, a análise estatística e mineração de dados foram as competências mais buscadas pelos recrutadores brasileiros no LinkedIn. O dado aponta para uma preocupação cada vez maior com a gestão do chamado “big data“.

A atividade continuará sendo especialidade dos profissionais de tecnologia e BI, mas ter alguma intimidade com o tema será necessário para todos no futuro – principalmente porque ele interfere na tomada de decisões em qualquer área ou negócio.

Segundo Martina, entender o conceito de “big data” e os mecanismos básicos por trás da coleta e da análise dos dados permite que um profissional saiba fazer as perguntas certas sobre o assunto e participe mais ativamente da estratégia trilhada pela sua empresa.

Fonte: Exame

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